domingo, 9 de agosto de 2009

Sou.

Sou calculista. Manipuladora. Fria. Má. Eu sei. Às vezes quero muito mudar, mas fico com a sensação de que se for menos que isso vou ser magoada e ainda me vou sentir culpada por isso. Por mudar quando previa exactamente o que ia acontecer. Assim, vivo sempre nos extremos. Amo e odeio com a mesma intensidade. E odeio hoje quem amei ontem e vice-versa. Consigo ter alguma noção que por vezes perco mais do que ganho em ser assim. Mas é assim que me protejo. Mergulho de cabeça em cada paixão e mal me sinto ameaçada ataco os outros precisamente onde eu sei que vai doer. A minha natureza não era essa. Muito pelo contrário... Eu aprendi a ser assim. Vi que a vida era dura para quem era mole e endureci. Endureci de uma forma bruta, demasiado forte. Fui oito, sou oitenta. Queria voltar atrás; Não posso. Queria pedir desculpa; Não chega. Quero mudar; Tenho medo; Preciso de ajuda. É legítimo!? O tempo cura tudo... Até o medo! (será mesmo?! espero confiante para ver acontecer)...













domingo, 2 de agosto de 2009

Organizando-me ;

Não quero denegrir a imagem do amor romântico. Pretendo apenas simplificar as coisas. Tornar tudo mais fácil de entender... Pelo menos para mim. Porque será tão importante 'amar' para toda a gente? E porque é que uns fogem e outros procuram isso? Não acho que 'amar' seja tão importante como 'apaixonar-se'. 'Amar' é fácil, mas tenta manter-te apaixonado uma vida inteira: É um desafio! O estado da paixão é muito mais forte. Avassalador. E simplesmente não consigo acreditar que uma pessoa não se sinta apaixonada. A vida sem paixão é um tédio. Cabe-nos a nós decidir quantas e quais paixões queremos e qual a duração delas. A vida é mesmo assim, cheia de sentimentos, sensações e emoções... Que são apenas fruto das nossas escolhas. A vida é aquilo que fazemos dela. E ninguém me convence do contrário. Quando queremos uma coisa, conseguimos. Seja o que for, principalmente na paixão! Não te apaixonas se não quiseres. Mas é bem difícil. Ficamos sempre 'meio-apaixonados'. E é bem mais fácil viver apaixonado que 'meio-apaixonado' como a maioria das pessoas anda para se protegerem. É patético as pessoas quererem afastar-se de outras para se protegerem. É horrível alguém preferir a solidão à dita 'paixão'. E eu falo de solidão mesmo, não é liberdade. A liberdade de uma pessoa só depende dela... E se ela se afasta, vai continuar a pensar e sentir-se presa... Afasta-se ainda mais e acaba sozinha por já não saber como conviver com qualquer outra pessoa, porque só conhece o 'politicamente correcto' e o 'demasiado perto' que são as duas formas mais conhecidas de estar longe de alguém. Acredito firmemente que nada acontece por acaso, e que cada escolha errada é simplesmente uma demonstração do que não devemos fazer. Mas sei que basta querer que a escolha errada seja certa... Que ela converte-se! Há que saber como fazê-lo... Não achar que a situação vai moldar-se a mim; Contornar os obstáculos e moldar-me a cada situação. Por isso não posso habilitar-me a perder a oportunidade de ser feliz porque estou a prever que daqui a 5 dias já não o vou ser. Eu sei que cada conjunto de circunstâncias faz-nos tomar decisões que talvez fossem outras mesmo passadas apenas duas horas... Talvez... Porque podem tirar-me o chão e eu cair no abismo... Que importa? Aprenderei a voar! E... Se calhar daqui a 5 dias já morri. Devo ficar muito feliz lá no inferno p'ra onde vou porque não quis sentir tudo quanto devia enquanto estava viva. A minha palavra chave é a intensidade. Sem dúvida! Talvez seja esse o meu problema... Acho que até assusto quem chega perto com tanta intensidade! Se dói, deixa doer... O problema é que nem todos são assim... Aliás ninguém gosta de sofrer... Não vou dizer que gosto mas não o evito... Sou diferente (adoro!)... E acabo por magoar quem não quero e afastar quem eu queria que ficasse (odeio!). A dor emocional é a mais forte, mas é aquela que me dá mais prazer ter. Talvez tenha uma queda para o masoquismo, não me incomoda sofrer por paixão... É a minha dor preferida... Talvez seja por isso que insisto nela... Mas é paixão. Não é amor. Aliás, eu não sei o que é amor. Alguém me disse um dia 'Tu não percebes nada de sentimentos...'; começo a achar que ele tinha razão, e não entendo mesmo... Oh, e daí? É preciso entender ou é preciso sentir? De qualquer forma, ele também não percebe... Se percebesse, sabia que eu estava apaixonada sim, mas não por ele. Apaixonada pela forma como fui tratada por ele, pelo carinho e atenção que nunca nenhuma paixão minha me havia dado e pela forma como me sentia com ele. Ainda estou. Eu nunca penso nele, penso sempre em nós e nos bons momentos que passámos... Conversas sem fim com a forma de concha dos nossos corpos onde o respirar entre os meus caracóis era provocatório... Lembro-me de T-U-D-O... E tenho saudades de viver entre almofadas, sorrisos, provocações e beijos roubados! E cheguei até a pensar que ele também sentia... Pensei mal e aliviou a minha culpa saber que nem todo o tempo estive errada...


Desabafo!...


PS: decifra-me (ou devoro-te)